Pérola Procurada
09:47Tentámos gastar o nosso tempo a vive-lo, a cada ínfimo detalhe que foi meu, teu, foi transformado em nosso. Os corpos eram unidos pelo sentimento que comunicava apenas pelos olhos contrastando os sorrisos. No entanto, fomos aprendendo a crescer, a procurar por tudo aquilo que nos poderia deixar ainda mais felizes. Mas a procura fez-nos gastar esse tempo que fora nosso, numa busca por tempos que não iríamos mais partilhar juntos. Acabámos por falar de mim, de ti, mas esquecemos de um nós que já não parecia existir. Os sorrisos internaram-se sem janelas em algum lugar dos nossos corações. Agora este sentimento partira-se, fragmentara-se, deixara de existir tão forte e tão grande quanto era. Este sentimento era a pérola fechada no interior das nossas mãos enlaçadas que nunca deveriam ter sido abertas. A pérola caiu algures no caminho de regresso, ou no caminho de ida. Para onde não sei, não sabemos. Apenas tenho a certeza de a ter procurado e de não a ter encontrado e nos locais onde parecia óbvia a sua existência, foi encontrada a desilusão e a solidão que se apegaram no meu corpo como pequenas estrelas presas no céu. Mas também acabei por esbarrar na fé e na esperança que lideram os meus movimentos e a minha procura ainda não acabou. Não me consigo despedir de algo, de um tempo, de uma pérola que me foi tão importante. E se foi feito um pedido de socorro... Esse, ainda não chegou.
44 comentários
Gostei bastante do texto, tens imenso jeito para escrever. Continua o bom trabalho ! (:
ResponderEliminarPaulo e suas belas palavras.
ResponderEliminarmuito bom :D
ResponderEliminarTalvez esse pedido de socorro uma dia chegue, talvez..
ResponderEliminaré mesmo, mas somos humanos e isto é normal. a esperança é sempre a ultima a morrer
ResponderEliminaramei, está completamente perfeito. parabéns
adorei o textoo!
ResponderEliminarComunicação através de olhares e sorrisos são as melhores.
ResponderEliminarXD
ResponderEliminar"Acabámos por falar de mim, de ti, mas esquecemos de um nós que já não parecia existir." O velho egoísmo, aquela velha insistência em provar que está certo.
ResponderEliminarO "nós" com certeza é a pérola, a tal, que as duas mãos deixaram cair, simplesmente quando se separaram ao apontarem só pra si...
Bjs
Muito bom, e as fotos estão espectaculares :D *
ResponderEliminaradorei este texto de uma forma inexplicável.. o sentimento transborda das tuas palavras e arrebata qualquer um :)
ResponderEliminarfiquemos atentos a um pequeno detalhe..
ResponderEliminarpode ser a resposta..
bjs.Sol
Hi, Paulo! :)
ResponderEliminar"E se foi feito um pedido de socorro... Esse, ainda não chegou."
Um final completamente imprevisível num texto a apelar sempre ao que foi, ao que é, ao que está para vir, em palavras muito tuas.
E, sim, a tua procura ainda não acabou. :)
O teu enorme abraço
Por vezes a nossa busca por algo mais, faz com que percamos aquilo que tinhamos conquistado até então.
ResponderEliminarBeijito.
"Acabámos por falar de mim, de ti, mas esquecemos de um nós..."
ResponderEliminarHá despedidas, de momentos, de gente que faz parte da gente, que por serem assim, apenas não nos conseguimos despedir nunca. Mas, como um nunca dura tanto tanto tempo, por entre o tempo que dura, com toda a certeza irá aparecer mais uma pérola a juntar a um colar de pérolas, pode ser mais comprido ou mais que se quer mais junto ao pescoço.
Há sentires muito nossos.
Sublime ver um olhar sorrir, adoro, e é o que quero voltar a ter.
Um beijo n´oteudoceolhar Pensador.
como sempre ótimas palavras!!!
ResponderEliminarSim, sem duvida, e comigo acontece sempre, não há noite em que o sono chegue sem ter pensado na vida, não sei porquê mas comigo é assim..
ResponderEliminarÉ, é mesmo isso. Não tenho a certeza, mas isto talvez aconteça porque durante o dia e certa parte da noite, temos de lidar com todas as nossas emoções em conjunto com todos os outros, e é apenas quando nos sentimos na mínima segurança que o tempo de descanso nos proporciona, por vezes, deixamos que tudo isso, que nos enche a mente saia cá para fora até que adormecemos e nos deixamos levar..
ResponderEliminarnão tens que agradecer de nada, limito-me a dizer as verdades (:
ResponderEliminarMuito bom. Parabéns!
ResponderEliminarEle (o socorro) chegará meu caro amigo. Contudo, entre entendimentos, dores e confusões, permita-se seguir um pouco mais! Belo post, como mtos outros. Um carinho pra vc!!!
ResponderEliminarA individualidade das pessoas muitas das vezes fala mais alto, e quando nos deparamos, a lacuna já está por demais profunda.Que a esperança enlaçe novamente os desencontros do coração.
ResponderEliminarFernanda
Paulo,
ResponderEliminarPROCURA-SE PÉROLA ou pérola procura-se, mas, segundo dizes no texto, já foi procurada nos lugares onde era suposto encontrá-la.
AS COISAS SUCEDEM, QUANDO MENOS ESPERAMOS, todos sabemos disso, e o que hoje é verdade, dado aquirido, pensado e interiorizado, amanhã é mentira.
Sentes uma perda de algo, qualquer coisa te falta, é?
Procura bem, porque, por vezes, está bem perto de ti, de nós, mas nós nem pensámos, que poderia estar naquele lugar, ou ser aquela a pessoa, "a coisa", A PÉROLA.
Como nunca te enganas, e eu raras vezes, encontrarás a pérola, a tal, ou outra, ainda melhor, que mal, ou que desconhecias de todo.
Continua com as investigações.
Beijo.
Está tão fria a noite, como as almas.
ja nao vinha cá ao teu blog ha tanto tempo :$ lindo , como os outros :')
ResponderEliminarO tempo esgota-se;
ResponderEliminarCom facilidade.
Sinta o gosto de tu;
se é bom, amargo, doce...
Deixe o paladar distinguir
o melhor.
Viva, vivendo!
senti o texto a flor da pele, mas te digo, precisamos aprender o desapego, urgente.
ResponderEliminarBeautifully written. Nice photos too. Enjoy your weekend.
ResponderEliminarPaulo,
ResponderEliminarNão sei, mas sabia o que ia dizer, mas a música de fundo do teu blogue, "apagou-me" as ideias, as palavras.
Claro, sempre com alma.
O que faço é, SEMPRE, com empenho, com entrega.
No poema dei-me, por inteiro(a), só alma. O corpo, distante, foi mero observador.
O momento é de quem o vive, meu, teu, mas sempre nosso, com verdade.
Beijo.
O sol,hoje, já me beijou. Soube-me tão bem! Fiquei com o rosto quentinho. É bom! BOM! MUITO BOM!
Certas coisas parece que fazem bem, mas muito pelo contrario, apenas parece, logo, posteriormente, agravam muitas coisas...
ResponderEliminarPensador,
ResponderEliminarum obrigada por teres "olhado" a foto, e visto mais além...
Bom fim de semana, ficou mensagem no post.
Beijo n´oteudoceolhar.
é verdade, mas por vezes, ando tão concentrada em apenas sobreviver até que faça um ano de promessa que me esqueço de que certas coisas me destroem sem eu saber... :x
ResponderEliminarPaulo,
ResponderEliminarÀ noite, temos o sol interno, a nossa fogueira de sentimentos, e aquece, e sabe bem e conforta.
Mas temos, em alternativa a lua, que inebria, e que todas as noites bate à minha, à tua, à nossa porta.
No silêncio, na mudez das palavras, que não disseste, está o melhor de ti, e tu sabes, e eu sei.
Que a lua te dê luz.
Abraço, afecto.
Outrora pense assim, mas não agora. É complicado, é mesmo muito. Não sabes aquilo em que me tornei quando fiquei agarrada aquilo, ninguém sabe. Era uma pessoa diferente. aos olhos dos outros melhor. Mais relaxada, mas fiz uma promessa e tenho cumprido com muita força de vontade, mas em certos dias, aquela pessoa em que me tornei naqueles tempos ainda chama por mim, e sei que se apenas sobreviver um ano sem pegar em nenhum deles vou conseguir largar para sempre aquela pessoa e ser eu própria. Eu sei que é difícil perceber, mas por vezes ainda tenho aquela voz dentro de mim...
ResponderEliminarOlá amigote! (:
ResponderEliminarA vida é desde já a definição que temos para ela.
E em relação ao teu texto,
Beijote, doce *
Em relação ao teu texto, as vezes o tempo passa e fica definido de uma forma tão mais clara que as vezes ate parece ficar tao dura mas...estranha porque nao era o que pensavamos que seria, o "nos" foi-se*
ResponderEliminar" A pérola caiu algures no caminho de regresso, ou no caminho de ida. Para onde não sei, não sabemos. Apenas tenho a certeza de a ter procurado e de não a ter encontrado e nos locais onde parecia óbvia a sua existência, " ^
Mas as vezes é melhor termos a cetteza que isso aconteceu, do que ficarmos perdidos num socorro que nunca chegou *
Gostei imenso! Mais uma vez*
Beijinho, Paulo!
Pensando com Arte.
esse teu jeito para a escrita... meu deus, adoro imenso +.+
ResponderEliminarAdmiro embora não aprecie, de todo, a tua arrogância. Os textos (que li) são na sua maioria bonitos...As fotos também. Parabéns!
ResponderEliminarNão sigo, porque aqui sinto falta de humildade. Errada? Talvez... Mas é a primeira e também a única impressão que tenho.
(Também não volto para ver (se houver) resposta!)
está lindo , identifico-me perfeitamente
ResponderEliminarOlha meu amor,
ResponderEliminarNão perdeste nem o encanto nem as palavras. Perdeste, perdemos o sol, agora, porque é de noite.
Ambos, estão, sempre, presentes, embora, nas entrelinhas, muitas vezes, nos textos, que escreves com a alma, tua, e que depois é minha, nossa.
Por vezes, os silêncios, dizem-nos mais que mil palavras.
Já reparaste, que no silêncio de um olhar se pode dizer tanto?
Recebi o teu abraço quente, meu agora, nosso, sempre, onde me "embrulhei" (ai, este verbo é todo teu. Toma-o!), não à falta de mantas, mas... porque me soube, ingénua e sinceramente bem.
Dá-me a tua mão, que está fria, para eu a aquecer, e partamos rumo À DANÇA DA VIDA.
Danço, claro que danço, dançamos, tu e eu, nós, consciente e, decentemente, mas... os passos, as voltas, os movimentos, os nossos corpos, meu, teu, nossos, perdem-se. E se se perdem? Hão-de encontrar-se, decerto, mas também não estou, não estamos para gastar energias, de que tu, eu precisamos, em subtilezas, singelezas, para saber onde e como eles se encontram.
ResponderEliminarQuero partilhar tudo contigo, até os momentos menos bons, que todos temos.
Mas, quero, assumidamente, quero partilhar o teu verbo, que já é meu, também, porque o nosso afecto não tem separação de bens. É nosso, integralmente, nosso.
Quanto ao NOSSO ALENTEJO, que é mesmo nosso, dou-te, a ti e a ele, o meu coração, aliás já dei, é notório. Abre-o, porque tu tens a chave, e sei, que a tens guardada, bem guardada. E depois deitamo-nos nos latifúndios, nos nossos. Que espaço, que alívio, que liberdade!
Não interessa quando, ora, a hora, olha agora, quero o minuto, mas mais ainda o segundo, ínfimo, ápice, meu e teu, só nosso.
Fizémos um contrato verbal, de lealdade e verdade, não escrito, (detesto papeis, assinar, vincular), mas ele é teu, meu, nosso.
Não são necessárias juras, porque os ciganos é que juram, mas como nem tu nem eu temos medo deles, até lhes achamos graça, aliás os alentejanos, sempre coabitaram muito bem com esse povo, está quase, ou tudo, definido no nosso contrato.
Temos tantos dias, tantos anos!
O tempo sabe e pode esperar.
Abraço? Estou confusa, mas...permanece o desejo.
E vou calar a minha boca, porque escreveria, agora, até clarear.
Então ele não ama, e continuo sozinha..
ResponderEliminarpodias me explicar mais ou menos como funciona o adsense? sff :$
ResponderEliminarPaulo, meu querido Alexandre,
ResponderEliminar"TODO O TEMPO DO MUNDO", é um nome de uma canção, mas, não só de canções vivo eu, vives tu, vivemos, de factos e realidades, tuas, minhas.
Compromisso? Sabes tão bem lançar as palavras, assim como quem não quer, mas, como quem tanto quer.
Há, apenas, os chamados compromissos sociais, pra inglês ver, entendes? É social e políticamente correcto, SÓ, SÓ, embora com "companhia" individual, eu aqui, ele ali. Este é o meu espaço, esse é aquele que lhe concedo, quando quero, mas só espaço.
Tanto sentir, tanto afecto assim? Não cabe, não é suficiente o tempo, este tempo, que se estende na nossa planície?
Tu tens oceanos de tempo e de ternuras, mas não construas, como os Sumérios, diques e comportas, para aprisionar sentimentos, águas lavadas de esperança e de entrega.
Deixa ir, acontecer, e depois, chegarás, rapidamente à foz, aliviado, feliz, deslumbrado e interrogando-te porque é que só agora isto sucedeu.
Tanto frio. Zero graus em Beja.
Um abraço... com tanto frio, bom depende da dimensão, do espaço, da amplitude do ângulo, recto, dos teus braços.
Aceito, quente, assim, teu, meu, sempre dos dois, nossos.
Muito intenso e bem escrito:)
ResponderEliminarAdorei
« A única pessoa que nunca comete erros é aquela que nunca faz nada. »
Obrigado pela visita *