Açúcar
07:58
Eu costumava escrever sobre amor. Não sobre aquele típico sentimento que dói sem parar ou que é típico de filme romântico (muito pouco realista). Eu escrevia sobre as vantagens da dor, de como todas as quedas nos ajudavam a segurar firme, o mastro da felicidade. Eu escrevia sobre a felicidade cigana e o seu desejo de partir. Escrevia todas as partidas que forçavam as lágrimas devido às recordações emolduradas. E escrevia sobre todas as recordações que continuavam presentes e que nos continuavam a fazer amar. E hoje, já não o sei fazer.
Nestes últimos dias, tenho-me sentado à mesa e no café deito todo o açúcar. Tomo-o quase doce, mesmo a escaldar. Mas e se passar a deitar muito menos açúcar? Ou toma-lo depois de o deixar arrefecer? O café será o mesmo. Mas não terá a sua dose de doce ou o seu intenso calor.
E assim é o amor. Pode ser aceite enquanto está quente, podemos acarinha-lo e torna-lo mais feliz, mais doce. Ou podemos aguardar, tomando-o a pequenos, quase inexistentes, beijos enquanto arrefece e perde a intensidade.
Mas a dose certa será sempre aquela que decidirmos dar. E sendo açúcar ou café, pouco importa. E não importa a razão pela qual se conhecem, apenas importam os motivos pelos quais continuam juntos.
Pelo doce de um, e pela intensidade do outro.
Ou pelo amor dos dois.
12 comentários
Oi Paulo, belas suas palavras.
ResponderEliminarAndo tão de vidro que seu texto não me fez feliz sabe??
Voce tem whats app no celular??
Bjinhos
Magnífica Reflexión y muy buenos los binomios.
ResponderEliminarAmor y Café desprenden adición y los dos suelen tener sabor agridulce.
Gran Entrada.
Abraços.
De alguma forma a dor nos conduz a um aprimoramente fundamental em nossas vidas.
ResponderEliminarExcelente texto.
Abraços!
Senhor do Século | Beleza para homens
Amei toda a escrita e a sensibilidade com que descreve novamente e docemente o amor. Esse sem dúvida uns dos que gostei muito de ler por aqui, encantado "Pelo doce de um, e pela intensidade do outro. Ou pelo amor dos dois" ambos sentidos do amor.
ResponderEliminarAbraços meu caro!
Que lindo texto... Parece que mais uma vez, você escreveu sobre o amor, meu amigo! =P
ResponderEliminarÉ, faz parte.....
Muito obrigado pela tua visita. :)
ResponderEliminarGostei muito do teu texto. Infelizmente há muitas pessoas que, com os medos, metem logo um travão nos amores e isso acaba por nunca deixar originar uma relação fogosa e intensa como deveria ser.
R: Ahah quem sabe. Vou pensar no assunto :P
ResponderEliminarOii Paulo, vai no meu blog, te citei no post como indicação :)
ResponderEliminarBjinhos
Fascinantes os teus sentires.
ResponderEliminarMas há que partir a redoma de vidro. Difícil? Eu sei que é. Afinal, ainda não o consegui totalmente.
Abraço-te
Oi!
ResponderEliminarAdorei o texto! Você tem um jeito simples de escrever, que acho que valoriza demais o texto!
Parabéns! :D
@karlinhakv
www.fizdecanetinha.com
A dor é um sentimento, e sendo um sentimento nos ajuda a escrever bons textos (bom, a maioria das vezes). Então, de certa forma, a dor ajuda um pouco no desabafo de um sentimento abafado.
ResponderEliminarXx
www.likeparadise.com.br
Perca tudo
ResponderEliminarMenos a doçura!
« A única pessoa que nunca comete erros é aquela que nunca faz nada. »
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