Losted II
11:44Saí do trabalho completamente suado. Transpirava esforço e emoção juntamente com sorrisos e discussões. Sabia exactamente para onde tinha de ir a seguir... e no entanto perdi-me.
Juntei os pés na melodia silenciosa dos meus passos, desliguei os sensores de perigo e semicerrei os olhos. Ouvia apenas o som que provinha do rebentar das ondas e de alguns carros que passavam por mim a uma velocidade assustadora. Ia em sentido contrário pelo que me assustava quando um carro se aproximava.
Desci a encosta aos tropeções. Neste dia nunca tinha podido ver o sol e isso agradava-me. O tempo estava como eu: cansado; ou pelo menos era o que dava a entender com as espessas nuvens cinzentas em cima da minha cabeça.
Responde-me. Sopro contra o vento todos os dias. Para que ele me deixe continuar a andar sem ter de ouvir a tua voz dentro da minha cabeça e rodeando o meu peito.
Sentei-me na areia húmida nesta tarde fria. O meu casaco estava encharcado de só apanhar com as microscópicas gotas de água e eu não me sentia com frio. Enchi os ténis de areia mas não me importei. Debrucei-me nos meus joelhos e pedi baixinho: volta, para mim.
Depois começou a chover verdadeiramente e eu não sabia porque lado subir. Aborrecia-me, na verdade. Por isso deixei-me ficar ali a observar o mar revoltoso. Momentos depois deixei de sentir a chuva sobre mim e passei a vê-la apenas sobre o mar.
Olhei para cima, vi o nosso guarda chuva preto e a tua cara angelical a olhar para mim.
Juntei os pés na melodia silenciosa dos meus passos, desliguei os sensores de perigo e semicerrei os olhos. Ouvia apenas o som que provinha do rebentar das ondas e de alguns carros que passavam por mim a uma velocidade assustadora. Ia em sentido contrário pelo que me assustava quando um carro se aproximava.
Desci a encosta aos tropeções. Neste dia nunca tinha podido ver o sol e isso agradava-me. O tempo estava como eu: cansado; ou pelo menos era o que dava a entender com as espessas nuvens cinzentas em cima da minha cabeça.
Responde-me. Sopro contra o vento todos os dias. Para que ele me deixe continuar a andar sem ter de ouvir a tua voz dentro da minha cabeça e rodeando o meu peito.
Sentei-me na areia húmida nesta tarde fria. O meu casaco estava encharcado de só apanhar com as microscópicas gotas de água e eu não me sentia com frio. Enchi os ténis de areia mas não me importei. Debrucei-me nos meus joelhos e pedi baixinho: volta, para mim.
Depois começou a chover verdadeiramente e eu não sabia porque lado subir. Aborrecia-me, na verdade. Por isso deixei-me ficar ali a observar o mar revoltoso. Momentos depois deixei de sentir a chuva sobre mim e passei a vê-la apenas sobre o mar.
Olhei para cima, vi o nosso guarda chuva preto e a tua cara angelical a olhar para mim.
Amo-te.
13 comentários
Um texto também bonito e misterioso
ResponderEliminarselo para ti no meu blog :)
ResponderEliminar"Juntei os pés na melodia silenciosa dos meus passos, desliguei os sensores de perigo e semicerrei os olhos."
ResponderEliminarADOREI ;)
oh este texto esta tao bonito!
ResponderEliminarUm post magnífico *.*
ResponderEliminareu amo como tu escreves **
ResponderEliminarOh historia *.*
ResponderEliminarO amor, por vezes, cura tudo!
ResponderEliminarEspero que esse vosso guarda chuva esteja sempre lá, faça chuva ou faça sol.
Beijinho*
Muito Obrigada mesmo :$
ResponderEliminar:o qe giro !
ResponderEliminarthanks ;)
ResponderEliminarAh, agradeço pelo carinho.
ResponderEliminarLindo mesmo é o que tu escreves, parabéns!
deixo um beijo :*
Completamente carregado de mágia e sensações, senti-me a viver esse teu dia :3
ResponderEliminarObrigada por tudo, eu <3
« A única pessoa que nunca comete erros é aquela que nunca faz nada. »
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